Esta quinta-feira os maiores call-centers do país foram inundados por centenas de chamadas de pessoas pertencentes ao movimento MayDay. "Olá o meu nome é João e também sou precário. Gostava de desafiar-te a estar presente no dia 1 de Maio no MayDay no Largo de Camões em Lisboa, ou na Praça dos Poveiros no Porto às 13:00 para lutarmos contra a precariedade". Esta acção que decorreu simultaneamente em Lisboa, Porto e Coimbra durante toda a tarde e se prolongou até de madrugada levou a luta contra a precariedade a centenas de trabalhadores e trabalhadoras precárias directamente no seu local de trabalho.
Os call-centers servem grandes empresas como a PT, TMN, Vodafone, Optimus, Sapo ou Continente. Estas empresas servem-se do roubo das vidas e das expectativas para poder contar com todos os segundos das chamadas em euros, sempre mais euros. Servem-se da impunidade com que gozam do esforço da maioria, servem-se da influência e da corrupção que lhes dá ligações ao poder.
Mas desta vez demos a volta às regras: usamos os meios criados para a exploração para passar uma mensagem que vale por todos e por todas. Demos a volta à precariedade falando com quem tem de ser ouvido para lá da máquina, dos segundos, dos euros.
O MayDay continua assim o seu apelo de combate à precariedade para que no dia 1 de Maio milhares de precários e precárias recusem a exploração.
Sem comentários:
Enviar um comentário